Estas motos usadas valem ouro e custam menos de R$ 10 mil
Antes mesmo de pensar no modelo ideal, o primeiro passo para comprar uma moto usada é entender como avaliá-la corretamente. Isso vai muito além da aparência: é necessário verificar o estado geral do motor, suspensão, freios, pneus e a parte elétrica. Vazamentos de óleo, ruídos estranhos ou dificuldades na partida são sinais de alerta importantes. Mesmo motos usadas com visual bem cuidado podem esconder problemas sérios que afetam diretamente a durabilidade.
É recomendável observar a moto funcionando a frio, sentir o comportamento da embreagem e verificar a resposta do acelerador. Pneus muito desgastados, freios com resposta fraca ou lanternas queimadas podem indicar negligência na manutenção. Se possível, faça um pequeno teste de rodagem e leve a moto a um mecânico de confiança, que poderá identificar desgastes não visíveis a olho nu.
Guia do Conteúdo
Confira opções de motos usada para comprar até R$ 10 mil
Honda CG 150

Clássica e confiável, a Honda CG 150 Titan continua sendo uma das melhores escolhas para quem busca uma moto versátil por até R$ 10 mil. Modelos fabricados até 2015 podem ser encontrados com facilidade nessa faixa de preço, mantendo um bom padrão de desempenho e resistência. Seu motor é reconhecido pela durabilidade, e as peças de reposição são abundantes no mercado nacional.
A CG 150 é ideal para quem utiliza a moto no dia a dia e precisa de um veículo pronto para enfrentar tanto o trânsito urbano quanto pequenos trechos de estrada. A manutenção é simples, a mão de obra é fácil de encontrar e o custo-benefício compensa o consumo um pouco mais elevado, que gira entre 25 e 28 km/l.
Honda Biz 125

A Honda Biz 125 é uma velha conhecida do público brasileiro, famosa por sua praticidade e economia. Mesmo os modelos mais antigos, como os de 2011 ou 2012, continuam sendo desejados por quem procura conforto, leveza e eficiência no trânsito urbano. Com câmbio semiautomático e consumo médio superior a 40 km/l, ela é uma ótima pedida para o público iniciante ou quem trabalha com entregas leves.
Além da facilidade de pilotagem, a Biz traz um porta-objetos prático sob o banco e conta com uma das redes de assistência técnica mais consolidadas do país. Não é uma moto feita para pegar estrada, e seu visual pode parecer simples demais para quem busca algo mais moderno, mas sua confiabilidade compensa essas limitações.
Shineray Worker 125

A Shineray Worker 125 representa uma alternativa viável para quem está disposto a sair do universo Honda e economizar ainda mais na compra. O modelo custa cerca de R$ 8.500 novo em 2025, o que permite ao comprador ter uma moto praticamente zero dentro do orçamento. Seu motor de 125 cc entrega desempenho decente para uso urbano e pequenas entregas.
Seu consumo, que fica próximo de 30 km/l, é razoável para a categoria, ainda que inferior ao de algumas concorrentes. A assistência técnica da marca ainda está se expandindo, o que pode gerar dúvidas em algumas regiões. No entanto, como opção de entrada, a Worker 125 cumpre bem seu papel de moto simples, funcional e com manutenção barata.
Honda Pop 110i

Se a prioridade for economia máxima, a Pop 110i aparece como uma das opções mais acessíveis e eficientes do mercado. Com média de 45 km/l, baixo custo de manutenção e fácil pilotagem, é a moto perfeita para deslocamentos curtos em áreas urbanas. Modelos até 2025 podem ser encontrados dentro do teto de R$ 10 mil, inclusive unidades zero quilômetro da versão básica.
Apesar de ser bastante econômica, a Pop 110i é mais limitada em desempenho. Subidas íngremes, trechos com garupa ou viagens longas estão fora do que ela pode oferecer com conforto. Ainda assim, para quem busca apenas ir e vir todos os dias com o menor custo possível, poucas opções se comparam.
Evite esses erros na hora da compra
Verifique a documentação
Além da parte mecânica, a documentação da moto é um ponto que exige atenção redobrada. Comece verificando se há pendências como multas, IPVA atrasado ou restrições judiciais. O ideal é que a moto esteja no nome do vendedor e com todos os dados atualizados. Qualquer irregularidade pode transformar uma compra aparentemente barata em uma dor de cabeça.
Uma boa dica é checar o histórico do veículo no sistema RENAVAM e evitar compras que estejam “em processo de transferência” ou com documentos incompletos. Ter em mãos um histórico de revisões, mesmo que parcial, também conta a favor. Notas fiscais de peças e serviços reforçam que a moto foi bem cuidada ao longo do tempo.
Quilometragem e conservação
Um erro comum de quem compra motos usadas é focar apenas na quilometragem. Embora seja um fator importante, o número no painel não conta toda a história. Uma moto que rodou muito, mas passou por todas as revisões e foi bem cuidada, pode durar mais do que outra com pouca quilometragem, mas negligenciada.
Por isso, é fundamental observar detalhes como ruídos na marcha lenta, firmeza do guidão, aparência da corrente, pastilhas de freio e o estado do escapamento. Juntas, essas observações ajudam a formar um panorama mais fiel do que realmente está sendo comprado. Quando possível, leve alguém mais experiente para ajudar na análise.
Testes e comparações
Antes de fechar negócio, faça comparações com modelos similares e procure informações específicas sobre problemas crônicos daquele modelo. Algumas motos, mesmo populares, apresentam falhas recorrentes após determinado tempo de uso. Fóruns especializados, vídeos técnicos e grupos de donos de motos nas redes sociais podem ajudar bastante nesse processo.
Um teste de pilotagem também deve ser prioridade. Muitas vezes, é só ao subir na moto e percorrer alguns metros que se nota desalinhamentos, dificuldades no engate de marchas ou ruídos estranhos. Não compre por impulso ou apenas com base em fotos ou promessas do vendedor.
Ao reunir todos os cuidados técnicos e comparar as principais opções do mercado, fica claro que é possível, sim, encontrar motos boas por até R$ 10 mil. A escolha certa depende do seu perfil de uso: quem precisa de economia absoluta pode apostar na Pop 110i; quem deseja conforto e praticidade urbana deve considerar a Biz 125; para um uso mais versátil, a CG 150 se sobressai; e para quem quer pagar ainda menos, a Worker 125 pode ser a solução.
O segredo está em não se apressar. Pesquisar bastante, testar o veículo, checar a documentação e levar ao mecânico são etapas que garantem mais segurança e evitam arrependimentos. Comprar moto usada exige atenção, mas pode ser um ótimo negócio se feito da maneira correta.
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