Nova Amarok surpreende com motor V6 híbrido e mudanças profundas
A próxima geração da Volkswagen Amarok está envolta em sigilo, mas informações recentes começam a revelar um cenário bem diferente do atual. Além de mudanças estruturais profundas, tudo indica que a picape ganhará um conjunto híbrido a diesel desenvolvido pela Audi, capaz de elevar desempenho e eficiência. O sistema, já presente em modelos como Q5 e A6 na Europa, é uma evolução direta do V6 3.0 turbodiesel utilizado no modelo brasileiro, mas agora trabalha em conjunto com um sistema elétrico de 48 volts.
Esse motor atualizado, chamado de EA897evo4, entrega cerca de 300 cv e 59,1 kgfm nos carros da Audi, números superiores aos da Amarok atual, que oferece 258 cv no modo padrão e 272 cv em overboost. A expectativa é que a picape receba potência semelhante, mantendo o mesmo torque, mas com respostas mais rápidas e melhor eficiência. A própria Audi destaca que a aceleração inicial melhorou significativamente graças ao compressor elétrico, criado para eliminar o atraso do turbo.
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Tecnologia diesel
Outro ponto que reforça a modernização do powertrain é a capacidade de consumir óleo vegetal hidrotratado, combustível produzido a partir de óleo de cozinha ou resíduos agrícolas. Esse detalhe mostra o esforço da marca em ampliar a sustentabilidade nos motores a combustão, tornando-os mais compatíveis com alternativas renováveis. Em mercados onde esse combustível já é comum, o uso pode trazer ganhos ambientais importantes sem comprometer a performance.
Mesmo sem dados oficiais de desempenho, a combinação entre o V6 turbodiesel e o sistema elétrico tende a oferecer uma experiência mais refinada e dinâmica. A proposta da Volkswagen é posicionar a nova Amarok em um novo patamar tecnológico entre as picapes médias, com mais força, respostas imediatas e menor consumo.

Base chinesa
A nova picape também marcará uma mudança estrutural relevante dentro da empresa. Em vez de compartilhar a plataforma com a Ford Ranger, como ocorre no modelo europeu, a próxima Amarok será construída sobre a base da Maxus Terron 9. O acordo com a chinesa Saic abre caminho para um projeto totalmente exclusivo para a América do Sul, mantendo o desenvolvimento focado nas exigências desse mercado.
Essa plataforma, chamada pela Maxus de semi-monobloco, combina a robustez da carroceria sobre chassi com algumas vantagens de estruturas monobloco, como melhor comportamento dinâmico. A modularidade é outro elemento central, permitindo o uso de suspensões traseiras diferentes, desde o tradicional feixe de molas até um conjunto multilink, mais sofisticado e confortável.
Tamanho maior
A adoção dessa base chinesa deve permitir que a Amarok cresça significativamente. A Terron 9, referência direta de medidas, tem 5,50 metros de comprimento, 2 metros de largura e entre-eixos de 3,30 metros. Esses números superam com folga o modelo vendido hoje na América do Sul, que possui 5,35 metros de comprimento e entre-eixos de 3,09 metros. Na prática, isso sugere uma picape mais espaçosa, com caçamba maior e presença visual imponente.
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Esse aumento pode reposicionar a Amarok entre as maiores do segmento, reforçando a proposta de entregar mais conforto, capacidade e versatilidade. Com mais espaço interno e estrutura reforçada para novas tecnologias, a marca aposta em um pacote completo para competir com modelos tradicionais e recém-chegados ao mercado regional.
Produção
Apesar da mudança de plataforma, a Volkswagen manterá a produção da picape em Pacheco, na Argentina. A marca já anunciou um investimento de US$ 580 milhões para preparar a fábrica e desenvolver o novo produto, reforçando a importância da Amarok no portfólio sul-americano. O novo modelo será produzido exclusivamente para a região, sem relação com a versão utilizada na Europa.
O lançamento está previsto para 2027, indicando que o projeto já avança em fases mais complexas de desenvolvimento. Até lá, a marca deve liberar novos detalhes sobre visual, tecnologia, cabine e configurações de motorização, especialmente porque a plataforma permite a inclusão de versões a gasolina, híbridas e até elétricas no futuro.
Design novo
O visual da próxima Amarok também já começou a aparecer em teasers e projeções. As linhas serão mais robustas e angulosas, destacando a frente elevada e o conjunto ótico mais fino, seguindo a nova identidade visual da Volkswagen. A tendência é que o modelo adote postura mais agressiva e elementos que reforcem a modernização da picape, sem abandonar a aparência sólida que caracteriza a linha desde sua estreia.
As mudanças internas também devem ser significativas, com cabine mais ampla, central multimídia maior e uma abordagem mais tecnológica. Considerando que a plataforma permite incorporar soluções mais avançadas de eletrônica e assistência de condução, a expectativa é que a próxima Amarok apresente recursos inéditos na gama sul-americana.
Mercado futuro
A chegada da nova geração em 2027 coincide com um momento de forte disputa no segmento das picapes médias. Modelos renovados, versões híbridas e estratégias de eletrificação começam a surgir, criando um ambiente competitivo. A aposta em um V6 híbrido a diesel coloca a Volkswagen em posição diferenciada, oferecendo potência robusta com foco em economia e melhor desempenho.
O plano da marca parece mirar tanto consumidores tradicionais quanto novos compradores que buscam tecnologia avançada. A combinação entre motorização moderna, aumento de tamanho e plataforma inédita pode reposicionar a picape para enfrentar rivais de peso, como Hilux, Ranger, S10 e futuros lançamentos que também devem adotar eletrificação.
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