Polo vai rodar? Novo SUV da Volkswagen pode mudar tudo!
O Volkswagen Polo sempre foi considerado um dos pilares da marca alemã no Brasil. Compacto, eficiente e bem equipado, o hatch conquistou espaço tanto nas garagens dos consumidores quanto nas frotas de empresas. Só em 2024, foram mais de 32 mil unidades vendidas, ficando atrás apenas da Fiat Strada. Mas com a chegada do Tera, novo SUV compacto da Volkswagen, o cenário mudou — e uma pergunta não sai da cabeça dos consumidores: será que o Polo vai sair de linha?
Neste artigo, você vai entender todos os movimentos da Volkswagen, a relação entre Polo e Tera, como ficam os preços e versões, e o que esperar do futuro do hatch mais vendido da marca. Spoiler: o jogo está só começando.

Guia do Conteúdo
Polo: ainda o queridinho da Volkswagen no Brasil
Apesar da avalanche de SUVs que invadiu o mercado brasileiro, o Volkswagen Polo segue firme e forte como o carro de passeio mais vendido da marca no país. Em um único mês, foram 10.932 unidades emplacadas, segundo a Fenabrave. E no acumulado do ano, o hatch já superou a marca de 32 mil unidades.
Esses números mostram a força de um modelo que vende bem tanto no varejo (14.431 unidades) quanto nas vendas diretas (18.832 unidades), aquelas feitas para empresas, locadoras e governos. A importância do Polo vai além das vendas: ele é uma peça-chave na luta da Volkswagen para manter a liderança do mercado frente a Fiat e Stellantis.
O novo rival interno: Volkswagen Tera
Entrando em cena com preço inicial de R$ 99.990, o novo Volkswagen Tera é um SUV compacto derivado da mesma plataforma do Polo (a MQB A0). E aí nasce a grande dúvida: por que a Volkswagen colocaria dois modelos tão próximos competindo entre si?
O Tera chega com design mais robusto, proposta aventureira e pegada de SUV urbano — ou seja, tudo que o consumidor brasileiro adora. Por isso, a pergunta ganha ainda mais força: será que o Tera veio para “matar” o Polo?
Resposta oficial (por enquanto): não, o Polo não vai sair de linha
A Volkswagen garante: o Polo segue vivo e com papel estratégico na linha da marca. Ele ainda é essencial para manter a liderança da empresa no segmento de automóveis, sobretudo frente à Fiat, que está colada no retrovisor.
Em 2024, a Volkswagen terminou com 17,3% de participação no mercado de automóveis, contra 14,9% da rival italiana. Já em 2025, entre janeiro e abril, a liderança continua — mas a diferença caiu: 16,4% contra 15,8%. Em um cenário tão competitivo, não há espaço para perder um produto com alta performance como o Polo.
Menos versões, mais estratégia
Para manter o Polo competitivo e evitar o “canibalismo” com o Tera, a Volkswagen enxugou a linha de versões. O hatch, que já teve oito configurações, agora tem apenas quatro:
- Polo Robust – R$ 95.790
- Polo Track – R$ 95.970
- Polo Sense – R$ 107.990
- Polo Highline – R$ 131.650
As versões MPI, TSI, Comfortline e GTS saíram de cena. No caso da GTS, o espaço foi ocupado pelo Nivus GTS, um SUV-cupê da mesma família.
E os preços? Polo e Tera lado a lado
A estratégia de preços da Volkswagen evidencia o conflito interno. Veja como as faixas de preço se sobrepõem:
Volkswagen Polo 2025
- Robust (Agro): R$ 95.790
- Track: R$ 95.970
- Sense: R$ 107.990
- Highline: R$ 131.650

Volkswagen Tera 2025
- MPI MT: R$ 99.990 (R$ 103.990 após a 999ª unidade)
- TSI MT: R$ 116.990
- Comfort: R$ 126.990
- High: R$ 139.990
A diferença de preços entre os dois modelos é pequena. O consumidor comum pode olhar para o Tera e pensar: “por que levar um hatch se posso ter um SUV por quase o mesmo preço?”
Motorização: Polo e Tera compartilham o coração
A semelhança entre os dois vai além da plataforma e do preço. Ambos compartilham o motor 1.0 turbo 170 TSI, com 116 cv de potência e 16,8 kgfm de torque, acoplado a um câmbio automático de seis marchas nas versões topo de linha.
No Polo Highline, o pacote ainda inclui:
- Rodas de liga leve de 16″
- Painel digital de 10,25″
- Central multimídia VW Play com 10,1″
- Carregador de celular por indução
Mas será que isso é suficiente para fazer frente ao apelo SUV do Tera?
Venda direta será a salvação do Polo?
Segundo fontes do setor, a Volkswagen pode intensificar as vendas diretas do Polo como uma forma de manter os volumes altos e dar espaço ao Tera nas concessionárias.
As versões Robust e Track — mais voltadas ao público corporativo e ao agronegócio — ainda figuram no catálogo como linha 2025, e devem funcionar como as “engrenagens invisíveis” que mantêm o modelo girando.
Público-alvo: hatch para frotas, SUV para o consumidor final
O apelo do Tera como “SUV da família” é claro. Com 350 litros de porta-malas, ele entrega 50 litros a mais que o Polo. A proposta é oferecer uma experiência mais próxima à de um utilitário esportivo, mesmo com dimensões parecidas (entre-eixos de 2,57 metros para ambos).
Enquanto o Polo é visto como solução racional — com foco em custo, economia e praticidade para frotas —, o Tera é a resposta emocional, o modelo para quem busca status, design e altura em relação ao solo.
E no futuro? Existe risco real para o Polo?
Embora a Volkswagen negue qualquer plano de aposentadoria para o Polo no curto prazo, os sinais do mercado não podem ser ignorados. A demanda por SUVs cresce exponencialmente. Os hatches compactos, por outro lado, enfrentam um processo de estagnação e até retração.
Se esse movimento continuar, é bem possível que o Polo, em alguns anos, siga o mesmo caminho do Gol — que reinou por décadas até ser substituído por modelos com pegada SUV.
O Tera, nesse cenário, pode muito bem assumir o posto de carro-chefe da marca. A Volkswagen já admite internamente que deseja ver o SUV como o carro mais vendido do país. E, nesse caso, o Polo passaria de protagonista a coadjuvante — ou, pior, desapareceria discretamente do catálogo, tal como outros hatches ao longo dos anos.
Polo e Tera ainda convivem, mas o futuro já começou
A chegada do Volkswagen Tera marca um novo momento para a montadora no Brasil. A proposta é clara: oferecer um SUV compacto com preço acessível, pegada jovem e boa tecnologia, de forma a agradar o consumidor médio brasileiro — aquele que antes comprava o Polo.
Por enquanto, os dois convivem bem, com o Polo atendendo empresas e compradores racionais, enquanto o Tera conquista o público final com sua roupagem aventureira.

Mas em um cenário onde SUVs continuam crescendo e os hatches diminuindo, é inevitável pensar: por quanto tempo essa convivência vai durar? Será que o Polo está com os dias contados? Será que ele vai se despedir do mercado com um dramático “Até tu, Tera?”?
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Só o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: o Polo ainda resiste, mas o Tera já roubou a cena. Fique de olho — a disputa está apenas começando.
