Problemas que os donos do Chevrolet Cruze enfrentam
O Chevrolet Cruze de segunda geração, lançado em 2016, é um dos modelos mais procurados no mercado de sedans médios. Importado da Argentina, o Cruze passou a ser uma opção mais moderna, equipada com um motor Ecotec 1.4 turbo de 153 cv, capaz de entregar boa performance e uma experiência de condução mais prazerosa. Além disso, o modelo passou a contar com um design mais refinado e um pacote tecnológico mais robusto para competir com os sedans líderes de mercado como o Honda Civic e Toyota Corolla.

A versão hatchback, denominada Sport6, apresenta um visual diferenciado e uma proposta mais esportiva, sendo uma boa alternativa para quem procura um carro com estilo mais arrojado. Porém, mesmo com essas melhorias, o modelo não está livre de apresentar defeitos, e muitos proprietários têm se queixado de uma série de problemas que comprometem a qualidade de vida a bordo.
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Luz de freio do Cruze
Uma das queixas mais frequentes entre os donos do Chevrolet Cruze diz respeito ao defeito na luz de freio, conhecida como brake-light. Localizada acima do vidro traseiro, essa peça tem mostrado uma fragilidade incomum, com muitos relatos de trincas que surgem sem motivo aparente. Essa falha permite a infiltração de água, o que, por sua vez, pode afetar componentes importantes do sistema elétrico, como a bateria do carro.
O problema, que se repete em várias unidades do Cruze, tem gerado frustração, principalmente porque o custo para reparo da peça é elevado. O preço do brake-light chega a R$ 800, sem contar com a mão de obra, o que se torna um gasto significativo para quem adquiriu o veículo com expectativas mais altas. A situação é ainda mais incômoda quando a infiltração de água prejudica a bateria, localizada no fundo do porta-malas, o que pode gerar custos extras com manutenção e comprometimento da funcionalidade do carro.
Falta de ação da General Motors
Apesar das várias queixas, a General Motors ainda não tomou uma atitude concreta para resolver a questão do brake-light. Em alguns casos, a empresa alegou que não poderia atender às solicitações de reparo devido ao fato de os veículos estarem fora do período de garantia. Isso tem gerado um desconforto para os donos que enfrentam esse problema em carros com baixa quilometragem, o que aumenta a sensação de impunidade da fabricante.
Outros problemas mecânicos e eletrônicos
Embora o Chevrolet Cruze de segunda geração tenha um motor e uma mecânica bastante confiáveis, existem outros pontos críticos que foram destacados pelos proprietários do veículo. Entre os problemas mais frequentes estão os relacionados ao motor, ao sistema de turbo, à transmissão e ao sistema elétrico.
Problemas no motor e turbo
O motor Ecotec 1.4 turbo é um dos principais atrativos do Cruze, prometendo boa performance e baixo consumo de combustível. No entanto, alguns donos do modelo reportaram desgaste prematuro no rotor do turbo, além de folga excessiva no eixo e falhas de vedação na válvula de alívio. Esses problemas podem afetar diretamente o desempenho do motor, levando a uma queda na potência e aumentando o consumo de combustível.
Além disso, quando o sistema de turbo apresenta falhas, o motorista pode perceber uma perda de desempenho e até mesmo um aumento no nível de ruídos provenientes do motor, o que compromete a experiência de condução. A solução definitiva para esses problemas é a substituição do conjunto do turbo, o que pode ter um custo elevado, já que a peça custa cerca de R$ 19.000 em concessionárias, sem incluir o valor da mão de obra.
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Falhas no sistema de válvulas
Outro problema frequentemente relatado pelos donos do Chevrolet Cruze é o defeito no diafragma da tampa de válvula, que tende a rasgar com facilidade, mesmo sem a necessidade de manutenção preventiva. Quando esse problema ocorre, o motor começa a oscilar nas marchas lentas, podendo até mesmo emitir fumaça branca, o que é um indicativo de falha na queima do combustível. Isso afeta diretamente o desempenho do motor e pode gerar uma maior emissão de poluentes, o que é um ponto negativo para quem preza por um carro eficiente.
Problemas com o termostato e a transmissão
O termostato, que regula a temperatura do motor, também pode apresentar falhas com o tempo. Proprietários relataram que, em algumas unidades, o termostato tende a dar problemas, o que compromete a eficiência do sistema de resfriamento do motor e pode resultar em superaquecimento do veículo. Essa situação exige um reparo urgente, caso contrário, pode gerar danos mais sérios ao motor.
Além disso, a transmissão automática do Cruze, que é um dos destaques do modelo, também tem se mostrado problemática em algumas unidades. Proprietários relataram dificuldades na troca de marchas, especialmente nas versões mais antigas do Cruze, que apresentaram problemas de sincronização. Esses problemas podem prejudicar a performance do carro e causar desconforto ao dirigir, além de serem custos adicionais com manutenção.
Falhas no Sistema Elétrico e Módulo BCM
Outro problema frequentemente citado por donos do Chevrolet Cruze de segunda geração envolve falhas no sistema elétrico. Em muitos relatos, os proprietários mencionam falhas no módulo BCM (Body Control Module), que é responsável por gerenciar diversos sistemas elétricos do veículo, como luzes, travas, vidros elétricos e alarmes. Quando o BCM apresenta defeito, o motorista pode enfrentar dificuldades em operar componentes essenciais do veículo, como abrir as portas ou até acionar a ignição.
Além disso, é possível que ocorram mensagens de erro no painel, dificuldades com o funcionamento do ar-condicionado, ou até mesmo a impossibilidade de dar partida no carro. Isso geralmente é um sinal claro de que o módulo está com defeito. A troca do BCM pode ser um processo dispendioso, já que envolve não apenas a peça em si, mas também o custo de mão de obra para reprogramação dos sistemas do veículo, além de um possível custo elevado pela importação das peças.
Problemas no Volante e Revestimento
Outro defeito recorrente no Chevrolet Cruze é o desgaste prematuro do revestimento do volante, especialmente em unidades com baixa quilometragem. O material utilizado no revestimento do volante, embora confortável ao toque, pode se desgastar mais rapidamente do que o esperado, o que gera uma sensação de deterioração estética e de qualidade. Esse problema é mais comum em versões do Cruze que possuem volantes com revestimentos de couro, mas também pode ocorrer em modelos com revestimento de material sintético.
A substituição do volante pode ser uma opção, mas, para muitos donos, o custo e o trabalho envolvidos em realizar a troca não justificam a ação, principalmente se o carro ainda estiver dentro da garantia. Em alguns casos, o desgaste no volante pode ser apenas estético, mas para aqueles que buscam uma experiência de direção sem falhas, essa pode ser uma preocupação relevante.
O Porta-Malas do Cruze: Menor Que os Concorrentes
Em comparação com alguns dos concorrentes diretos, como o Toyota Corolla e o Honda Civic, o Chevrolet Cruze apresenta um porta-malas um pouco menor. Com 440 litros de capacidade no modelo sedan, a capacidade do Cruze é inferior aos modelos mencionados, que costumam ter um espaço mais generoso. Essa limitação pode ser vista como um ponto negativo por donos que precisam de mais espaço para carregar bagagens ou outros itens volumosos.
Embora o espaço seja suficiente para a maioria das situações cotidianas, o menor tamanho do porta-malas pode ser um fator limitante para aqueles que frequentemente viajam ou utilizam o veículo para transportar objetos grandes. O modelo hatchback do Cruze, com 290 litros de capacidade no porta-malas, é ainda mais limitado nesse sentido.
Falta de Recursos de Condução Semi-Autônoma e Tecnologia
Outro ponto que os donos de Cruze mencionam como uma limitação do veículo é a ausência de alguns recursos de condução semi-autônoma e tecnologias avançadas de assistência ao motorista. Enquanto veículos concorrentes oferecem sistemas como o piloto automático adaptativo, monitoramento de ponto cego e assistência de permanência na faixa, o Cruze de segunda geração, embora bem equipado, não oferece esses recursos. Isso pode ser visto como um atraso, principalmente para motoristas que buscam mais conforto e segurança nas viagens.
A falta de um painel digital moderno também é uma reclamação comum entre os proprietários. Muitos consideram que a versão atual do painel de instrumentos do Cruze é antiquada, especialmente em comparação com os modelos de carros mais novos que já oferecem telas digitais personalizáveis e uma interface mais moderna.

Vale a Pena Comprar o Chevrolet Cruze?
Embora muitos desses problemas possam ser resolvidos com a manutenção adequada, os custos envolvidos em reparos, como a troca do módulo BCM ou do turbo, podem ser elevados. Portanto, é fundamental que quem busca adquirir um Chevrolet Cruze de segunda geração tenha conhecimento sobre esses pontos críticos, considerando-os no momento da compra. De forma geral, o Cruze continua sendo uma excelente opção no segmento de sedans médios, mas, como qualquer veículo, exige cuidados e manutenção preventiva para garantir sua longevidade e performance ideais.