Stellantis pode oferecer marcas extintas para o mercado chinês!

Em uma estratégia surpreendente, a Itália está considerando um plano para revitalizar marcas de carros que foram descontinuadas, pertencentes ao grupo Stellantis, com o intuito de seduzir fabricantes chineses a estabelecerem operações no país. Segundo informações do *Il Sole 24 Ore*, a jogada tem como meta primordial atrair investimentos estrangeiros e promover a abertura de fábricas chinesas em território italiano.

Dentre as marcas com potencial de renascimento estão a Innocenti e a Autobianchi, ambas fora do mercado desde os anos 90. A Innocenti ganhou fama nos anos 60 e 70 pela produção da versão italiana do Mini britânico, antes de ser incorporada pela Fiat, agora parte do conglomerado Stellantis. Por outro lado, a Autobianchi era reconhecida por seus veículos urbanos de alto padrão, destacando-se modelos como o A112 e o Y10.

O plano se apoia em fundamentos legais recentes. Uma legislação de dezembro passado, juntamente com um decreto ainda sob avaliação pelo Tribunal de Contas, confere ao governo o poder de tomar posse de marcas inativas por no mínimo cinco anos. Sob gestão estatal, tais marcas poderiam ser oferecidas a corporações estrangeiras interessadas em realocar ou expandir suas operações manufatureiras para a Itália.
A iniciativa ocorre em meio a críticas do governo italiano à Stellantis por supostamente negligenciar suas instalações fabris históricas no país. Enquanto negociações estão em andamento para elevar a produção local para um milhão de veículos por ano, a Itália também mira atrair um grande jogador chinês para solidificar sua indústria automotiva.

A tensão aumentou quando a Fiat apresentou o modelo Panda, produzido na Sérvia, durante a celebração de seu 125º aniversário em Turim. Na ocasião, Adolfo Urso, Ministro da Indústria, pressionou publicamente a Stellantis a retomar as atividades produtivas na Itália.
Esta manobra audaciosa do governo italiano marca um novo episódio nas relações com a Stellantis e demonstra uma clara intenção de diversificar e fortalecer sua indústria automobilística. Resta aguardar as reações da Stellantis e verificar se haverá interesse por parte das montadoras chinesas nas icônicas marcas italianas propostas.
Com essa perspectiva estratégica, a Itália não apenas visa recuperar parte de seu prestígio automobilístico perdido como também se posiciona favoravelmente no cenário global como destino promissor para novos investimentos no setor.
Fonte: Motor1
