SUVs Queridinhos do Brasil: O que Está por Trás da Disparada nas Vendas em Março?
O mercado de SUVs continua sendo um dos segmentos mais vibrantes da indústria automotiva brasileira. Março de 2025 trouxe um verdadeiro show de números impressionantes, mudanças inesperadas e reviravoltas que deixaram até os mais experientes analistas surpresos. Mais do que simplesmente apresentar os líderes de venda, vamos mergulhar nos detalhes que explicam o fenômeno e os bastidores dessa acirrada corrida por atenção nas concessionárias do país.
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Guia do Conteúdo
Um crescimento que não para
Segundo os dados divulgados pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), o segmento de SUVs médios e grandes — excluindo os modelos compactos — registrou um crescimento significativo em março. Foram nada menos que 28.085 unidades emplacadas, o que representa um aumento de quase 33% em relação ao mesmo mês do ano anterior (21.170) e 4,4% acima de fevereiro de 2025.
No total, os SUVs intermediários representaram 15,3% dos 184.068 veículos vendidos no mês. Essa movimentação é um reflexo direto do novo comportamento do consumidor, que busca não apenas robustez e espaço, mas também tecnologia, segurança e um design que chame atenção por onde passa.
Toyota Corolla Cross quebra recorde e lidera com folga
Quem disparou na frente com o pé no acelerador foi o Toyota Corolla Cross. Com 5.834 unidades vendidas só em março, o SUV da montadora japonesa registrou seu segundo recorde consecutivo e deixou para trás até o então líder Jeep Compass. Comparando com março de 2024, o modelo cresceu mais de 75% em vendas e assumiu com autoridade o topo do ranking dos SUVs médios mais vendidos do ano.

O Corolla Cross é conhecido pelo bom equilíbrio entre confiabilidade, desempenho e tecnologia, sem falar no prestígio que o nome “Corolla” carrega entre os brasileiros. Ele se tornou a nova obsessão dos consumidores que desejam um utilitário esportivo com DNA de sedã.
Jeep Compass segura a vice-liderança
Mesmo com uma performance sólida, o Jeep Compass, que vendeu 4.018 unidades em março, viu sua desvantagem para o Corolla Cross ultrapassar 1.800 unidades. Embora ainda ocupe o segundo lugar no acumulado de 2025, o modelo da Jeep começa a sentir o peso da concorrência mais acirrada, principalmente com o crescimento explosivo de marcas chinesas e a volta por cima de modelos da Volkswagen e BYD.

Taos surpreende e alcança seu melhor mês
Falando em Volkswagen, um dos maiores destaques do mês foi o Taos, que emplacou 2.408 unidades — o melhor resultado desde que chegou ao Brasil em 2021. Até então, o recorde do modelo havia sido em julho de 2024, com 2.075 unidades. O bom desempenho do Taos o colocou na quarta posição do ranking e mostra que o público brasileiro está mais aberto a experimentar o refinamento alemão em um SUV médio.

🇨🇳 O avanço chinês: BYD Song e GWM Haval H6
A ofensiva chinesa também merece destaque. O BYD Song registrou 2.785 unidades vendidas, crescendo mais de 92% em relação a março de 2024. Isso o coloca na terceira colocação do ranking e confirma o sucesso da estratégia da BYD de oferecer modelos elétricos e híbridos bem equipados, com ótimo custo-benefício.

O GWM Haval H6, por sua vez, ficou com a quinta posição, somando 1.778 unidades. Apesar de um crescimento mais tímido no mês, o modelo continua firme no top 5 e mostra que a Great Wall Motors está construindo uma presença sólida no mercado brasileiro.
Tiggo 7 perde fôlego
O Caoa Chery Tiggo 7, que vinha registrando bons números, sentiu a pressão da concorrência e caiu para a sexta colocação com 1.707 unidades vendidas. Foi a primeira vez desde julho de 2024 que o modelo ficou abaixo da marca de dois mil emplacamentos. Desde outubro do ano passado, o Tiggo 7 vem apresentando sinais de queda gradual, o que pode indicar necessidade de reposicionamento ou renovação.

Os demais no top 10
Outros modelos que completam o top 10 do mês são:
- Mitsubishi Eclipse Cross (703 unidades) – maior evolução do mês, com alta de +43,8% em relação a fevereiro.
- Ford Territory (462) – queda expressiva de -23,38%.
- Honda ZR-V (179) – perda de mais de 70% em relação ao mesmo período do ano passado.
- Hyundai Tucson (174) – crescimento impressionante de +241%.
SUVs grandes: Tiggo 8 assume a liderança
Entre os SUVs maiores, a surpresa foi o Caoa Chery Tiggo 8, que vendeu 1.307 unidades e assumiu pela primeira vez a liderança na categoria. O modelo superou o Toyota SW4 (1.230) e o Jeep Commander (1.198), que lideraram nos meses anteriores.
Outros destaques desse segmento incluem:
- Chevrolet Trailblazer (223) – crescimento de +102%.
- GWM Tank 300 – estreou no ranking com 112 unidades, sendo um dos lançamentos mais aguardados.
Segmento premium: BMW, Volvo e Porsche na disputa
Na categoria dos SUVs premium de entrada, a disputa foi acirrada entre o BMW X1 (408 unidades) e o Volvo EX30 (368). O EX30 teve seu melhor resultado desde junho de 2024, enquanto o X1 manteve a liderança no acumulado do ano.
Nos SUVs premium intermediários, o Volvo XC60 (161) manteve a dianteira, apesar de uma queda de mais de 40% nas vendas em comparação a março de 2024. O Mercedes GLC foi o que mais cresceu proporcionalmente, com +145% de evolução.
Já entre os modelos de luxo de alto padrão, o Porsche Cayenne deu um verdadeiro show, com 178 unidades e um crescimento de +206% em relação ao ano anterior. Ele se distanciou do Land Rover Discovery (118) e do Volvo XC90 (107), consolidando sua posição entre os mais desejados – e caros – SUVs do país.
Por que os SUVs estão dominando?
Alguns fatores explicam a preferência crescente dos brasileiros pelos SUVs:
- Versatilidade e espaço interno: ideal para famílias, viagens e deslocamentos urbanos.
- Postura elevada ao dirigir: proporciona mais conforto e sensação de segurança.
- Design robusto: aparência imponente e moderna.
- Tecnologia embarcada: a maioria oferece pacotes de segurança e conectividade superiores aos hatches e sedãs.
- Status social: os SUVs passaram a representar um novo patamar de conquista pessoal.
E os desafios?
Apesar dos números animadores, o mercado de SUVs enfrenta desafios:
- Preços elevados: mesmo os modelos mais acessíveis exigem um investimento significativo.
- Alto custo de manutenção em alguns casos.
- Desvalorização em determinadas marcas e modelos.
- Concorrência agressiva entre montadoras, o que pode gerar instabilidade nos preços.
Uma nova era nos SUVs?
Março de 2025 mostrou que o mercado brasileiro de SUVs está mais dinâmico do que nunca. Marcas tradicionais estão sendo desafiadas por novatas ousadas, e o consumidor está mais exigente e informado. O domínio do Corolla Cross e o ressurgimento do Taos mostram que ainda há espaço para inovação, reposicionamento e, claro, disputa acirrada.
Fica a expectativa para os próximos meses: será que o Corolla Cross manterá a liderança? O BYD Song vai ultrapassar o Compass? E o GWM Tank 300, vai emplacar de vez?
Se você é fã de carros, esse é o momento certo para acompanhar o mercado de perto. As curvas estão só começando a desenhar uma nova rota no universo dos SUVs no Brasil.

 
							 
							 
							 
							