Toyota Hilux 2025: será que ainda vale o investimento?

Com novas versões, mais garantia e recursos, a picape média segue liderando, mas nem tudo são acertos.

A Toyota Hilux tem uma trajetória sólida no mercado brasileiro desde sua chegada em 1992. Desde então, consolidou-se como símbolo de robustez e confiabilidade, atributos muito valorizados no segmento de picapes médias. Importada do Japão em seus primeiros anos, a Hilux foi ganhando melhorias constantes ao longo das gerações, mantendo a estrutura de chassi com longarinas e travessas que favorece a resistência em usos severos.

Ao longo do tempo, a Toyota também investiu em ampliar as versões. Atualmente, a Hilux pode ser encontrada em versões com cabine simples e dupla, transmissão manual ou automática, além da opção chassi para uso comercial. A diversidade de versões permite que ela atenda desde o produtor rural até o público urbano que busca um utilitário versátil e confortável.

Pontos positivos

Motorização eficiente

A motorização da Hilux também evoluiu com o tempo. Na atual geração, lançada em 2015 e constantemente atualizada, o destaque é o motor 2.8 turbodiesel. Inicialmente com 177 cv, essa unidade passou por melhorias e hoje entrega até 204 cv de potência, acoplada a um câmbio automático de seis marchas ou transmissão manual nas versões de entrada.

Essa motorização garante não só força para o trabalho pesado, mas também bom desempenho em rodagem urbana e rodoviária. O consumo, segundo dados do Inmetro, gira em torno de 9,3 km/l na cidade e 10 km/l na estrada com câmbio automático. Já nas versões manuais, o rendimento sobe para até 11,3 km/l na estrada, o que coloca a picape entre as mais econômicas da categoria.

Itens de destaque

A linha 2025 trouxe diferenciais importantes. A Toyota implementou novidades como a introdução da transmissão automática em versões de entrada, algo inédito no segmento de cabine simples e chassi. Essa iniciativa amplia o apelo da picape também para frotistas e produtores que buscam praticidade no uso diário.

Nas versões topo de linha SRX e SRX Plus, a picape traz itens premium, como o sistema de som JBL, câmera com visão 360°, central multimídia completa e o pacote Toyota Safety Sense, que inclui controle de cruzeiro adaptativo, frenagem automática de emergência e alerta de mudança de faixa. Tudo isso reforça a tentativa da marca em equilibrar robustez com tecnologia.

Espaço e conforto

Um dos pontos fortes da Hilux está no aproveitamento de espaço interno, especialmente na versão cabine dupla. Apesar do foco utilitário, o modelo acomoda cinco ocupantes com relativa comodidade, inclusive no banco traseiro, onde há bom espaço para pernas e cabeça. Isso a torna uma alternativa viável para quem deseja unir lazer e trabalho em um único veículo.

Ainda que o conforto não seja o principal atrativo de picapes com estrutura de chassi, a Hilux tem acabamento interno honesto e boa ergonomia ao volante. A posição de dirigir elevada favorece a visibilidade, e os bancos oferecem ajuste adequado para longas viagens, mesmo nas versões de entrada.

Garantia prolongada

Outro argumento forte a favor da Hilux é o novo pacote de garantia anunciado em 2024. Agora, o modelo oferece 10 anos ou até 200 mil quilômetros de cobertura para pessoas físicas, desde que as revisões sejam realizadas na rede autorizada. Isso cobre componentes importantes como motor, transmissão, sistema de arrefecimento e mais.

Essa estratégia coloca a Toyota à frente da concorrência nesse quesito e reforça a imagem de durabilidade que sempre acompanhou a Hilux. A extensão da garantia também pode ser vista como uma resposta ao aumento do valor de compra, agregando segurança a quem investe na picape.

Toyota Hilux 2025 prata parado na diagonal.
Foto: Divulgação | Toyota Hilux 2025 prata parado na diagonal.

Porem…

Preço elevado

Por outro lado, o valor de aquisição continua sendo um dos maiores entraves. Mesmo com versões simplificadas, a Hilux é, em média, mais cara do que as principais rivais. Na versão de entrada com cabine dupla, câmbio manual e tração 4×4, a picape custa R$ 278.990, enquanto a Ford Ranger XL 2.0 sai a partir de R$ 264.200 e a Chevrolet S10 WT MT parte de R$ 276.990.

Essa diferença pode ser decisiva para quem está em dúvida entre as concorrentes, já que ambas oferecem equipamentos semelhantes por menos. Em alguns casos, a Ranger e a S10 entregam até mais recursos, como direção elétrica e freio de estacionamento eletrônico.

Acabamento simples

Outro ponto criticado por alguns donos é o acabamento interno, que não condiz com o valor elevado cobrado pelas versões mais completas. Os materiais utilizados são em sua maioria plásticos rígidos, e há poucos elementos de sofisticação mesmo nas versões SRX.

Apesar de serem resistentes e fáceis de limpar, os materiais simples geram a percepção de que a Toyota economizou na parte visual. Em comparação, algumas versões da S10 e da Ranger entregam acabamento mais refinado, com detalhes cromados ou em couro, o que melhora a percepção de valor.

Caçamba menor

E por ultimo outro aspecto que merece atenção é a capacidade da caçamba. A Hilux, em sua versão com cabine dupla, oferece volume de 1.000 litros. Em comparação, a Ford Ranger comporta até 1.250 litros e a Chevrolet S10, 1.061 litros. Esse detalhe pode não parecer relevante, mas para quem trabalha com cargas volumosas, faz diferença no dia a dia.

Além do volume, a capacidade de carga útil da Hilux é menor. Enquanto ela carrega até 1.000 kg, a Ranger suporta 1.031 kg e a S10 chega a 1.134 kg. Em um segmento onde o desempenho no trabalho é crucial, esse ponto pode pesar na decisão de compra.

Vale a pena?

A Hilux continua sendo uma das picapes mais procuradas do Brasil, graças à sua reputação de confiabilidade, pós-venda eficiente e durabilidade. No entanto, os preços elevados e alguns recursos defasados podem afastar compradores mais exigentes ou que buscam tecnologia de ponta.

O ideal é avaliar bem o tipo de uso que será feito da picape. Se o foco for trabalho pesado e confiabilidade a longo prazo, a Hilux ainda é uma excelente escolha. Por outro lado, se conforto, conectividade e custo-benefício forem prioridades, vale considerar também as concorrentes.

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Redator online do Agora Motor, antes mesmo de concluir o ensino médio e fazer a carteira, Gabriel já está envolvido no universo automotivo. Produz conteúdos informativos e relevantes, com foco em lançamentos, notícias e tudo que movimenta o setor. Interessado em aprender e crescer na área, acompanha de perto as tendências do mercado e busca tornar a informação acessível a todos os leitores.
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