Chevrolet Tracker surpreende e lidera vendas em dia decisivo
Nos últimos momentos de junho, quando o mercado automotivo brasileiro já se preparava para fechar o mês com os mesmos líderes de sempre, o Chevrolet Tracker deu um verdadeiro salto nas vendas diárias e surpreendeu o setor. No dia 27 de junho, uma sexta-feira considerada decisiva para os números mensais, o SUV da GM foi o modelo mais vendido do país, com impressionantes 753 unidades emplacadas em um único dia.
Esse desempenho não só chamou a atenção de quem acompanha o setor como também reverteu, mesmo que momentaneamente, o cenário morno que o Tracker vinha apresentando ao longo do mês. Apesar da explosão de vendas nessa data, o utilitário da Chevrolet ainda ocupava apenas a 16ª colocação no acumulado de junho, com 4.051 unidades vendidas – uma queda de 1,6% na média diária em relação a maio.

Guia do Conteúdo
Desempenho do dia 27 contrasta com o mês
O bom resultado da sexta-feira, porém, ainda não foi suficiente para alterar drasticamente o ranking mensal, que segue liderado com folga pela Fiat Strada. A picape compacta vendeu 574 unidades no mesmo dia, mantendo-se como a campeã de junho, com um total acumulado de 10.786 unidades. Mesmo com queda de 4,2% em relação ao mês anterior, ela continua isolada no primeiro lugar.
O Volkswagen T-Cross, outro SUV que costuma brigar no pelotão da frente, teve desempenho sólido no dia 27, com 527 unidades vendidas. No mês, ele já soma 7.895 emplacamentos, o que o posiciona como o terceiro modelo mais vendido de junho, mesmo com uma retração de 11,7% na média mensal.
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O Chevrolet Onix, tradicional campeão de vendas em anos anteriores, também mostrou força, com 459 unidades vendidas no dia e 6.429 acumuladas no mês – um crescimento de 9,9% em relação à média de maio. O Renault Kwid fechou o top 5 do dia, com 361 unidades, e totaliza 4.941 em junho, uma leve queda de 2,7% frente ao mês passado.
Destaques do mês e movimentações no ranking
No ranking completo de vendas em junho até o dia 27, a Fiat Strada permanece soberana, seguida pelo Volkswagen Polo com 10.056 unidades, mesmo enfrentando queda significativa de 18% em comparação com o mês anterior. O Fiat Argo, mesmo com queda de 18,5%, aparece em terceiro lugar com 7.019 emplacamentos.
O T-Cross da Volkswagen segue em quarto lugar, enquanto o Hyundai HB20 fecha o top 5 com 6.708 unidades, apesar de apresentar uma queda ainda maior – 18,6% em relação ao mês anterior. Na sequência, o Chevrolet Onix, Fiat Mobi, Honda HR-V e Hyundai Creta ocupam posições entre o sexto e o nono lugares. O Toyota Corolla Cross, com 4.964 unidades, aparece na décima posição.
Apesar do forte desempenho pontual, o Chevrolet Tracker ainda não conseguiu subir no ranking mensal e permanece em 16º lugar, o que reforça o impacto concentrado da ação de vendas na reta final do mês.

A expectativa pela nova geração do Tracker
Toda essa movimentação acontece em meio à expectativa pela chegada da nova versão do Chevrolet Tracker, prevista para estrear nos próximos meses. A reestilização trará mudanças visuais e, possivelmente, atualizações mecânicas e tecnológicas. Em geral, esse tipo de atualização costuma provocar movimentações fortes no mercado, principalmente na fase de transição entre a geração antiga e a nova.
Sabendo disso, é natural que a marca e suas concessionárias busquem acelerar a venda dos modelos atuais com bônus, taxas reduzidas ou vantagens em financiamentos, o que pode ter impulsionado os números vistos no dia 27. É uma tática comum na indústria automotiva, mas raramente com resultados tão expressivos em um único dia de vendas.
Esse comportamento de mercado também sinaliza que os consumidores estão atentos a oportunidades, mesmo quando se trata de modelos que estão prestes a mudar de visual. O bom custo-benefício ainda é um fator decisivo, e o Tracker atual, mesmo sem as atualizações do próximo modelo, parece ter convencido muitos compradores.
Comparações com outros modelos do segmento
O segmento de SUVs compactos, onde o Tracker atua, é um dos mais disputados do Brasil. Nomes como VW T-Cross, Hyundai Creta, Fiat Pulse, Jeep Renegade e Honda HR-V dominam essa categoria e frequentemente aparecem nas primeiras posições do ranking.
Apesar de o Tracker ter ficado para trás em meses anteriores, seu desempenho recente mostra que ele ainda tem força para competir, principalmente com uma nova geração prestes a chegar. O T-Cross, por exemplo, é hoje o SUV mais vendido do mês, enquanto o Creta vem logo atrás com 5.928 unidades – um crescimento notável de 17% em relação ao mês anterior.
Já o HR-V, da Honda, mesmo enfrentando leve retração, mantém sua posição no top 10 com 5.798 unidades em junho. O Jeep Compass, outro concorrente de peso, sofreu um tombo mais expressivo: queda de 25,7% e apenas 4.015 unidades no mês.
Essa disputa acirrada mostra que o Tracker precisará mais do que um bom dia de vendas para se consolidar novamente entre os líderes do segmento. No entanto, com a nova geração prestes a ser lançada, as chances de crescimento nos próximos meses são significativas.

Perspectiva para o segundo semestre
Com o fechamento de junho, as montadoras já começam a voltar suas atenções para o segundo semestre de 2025. É quando muitas atualizações de linha, lançamentos e reajustes de preços costumam ocorrer. O mercado, ainda influenciado por fatores econômicos como taxa de juros e confiança do consumidor, poderá ter mudanças importantes no perfil de vendas.
O Tracker pode se beneficiar dessa virada. A expectativa pela reestilização tende a gerar mais visibilidade e, se a GM acertar na proposta da nova versão, pode recolocar o modelo entre os SUVs compactos mais vendidos do país. Ainda assim, será necessário competir com rivais muito bem estabelecidos, que já oferecem pacotes completos de segurança, conectividade e eficiência.
Outro ponto relevante é a fidelidade dos consumidores. O bom desempenho do Tracker em um único dia pode ser o início de uma retomada, mas o desafio será sustentar esse fôlego ao longo dos próximos meses. Tudo dependerá da estratégia de lançamento da nova geração, da competitividade de preço e, claro, da receptividade do público.