Cuidado: Ford EcoSport é o SUV mais roubado em grande capital
O Ford EcoSport, um dos utilitários esportivos mais populares no Brasil, é o veículo mais visado pelos ladrões no Estado de São Paulo.
Segundo a Ituran, empresa de rastreamento veicular, houve 178 casos de roubo ou furto do modelo nos dois primeiros meses de 2023. Em segundo lugar no ranking dos SUVs mais roubados ou furtados em São Paulo está o Jeep Compass, com 150 registros no mesmo período.
A explicação para a liderança do EcoSport na lista dos veículos mais roubados ou furtados do Estado é o grande número de unidades fabricadas pela Ford no país. Em setembro de 2019, foram produzidos mais de 1.2 milhão de unidades desse modelo no Brasil, sendo que 59% foram vendidos no mercado nacional. Além disso, o EcoSport é um modelo longevo e teve produção ininterrupta entre 2003 e janeiro de 2021.
Rodrigo Boutti, gerente de operações da Ituran, afirma que muitos dos carros roubados ou furtados já estão fora da garantia e apresentam problemas mecânicos. O aumento nos casos de roubo e furto está relacionado à alta demanda por peças em desmanches ilegais. De acordo com a Ituran, houve um aumento de 26,6% nos casos de roubo e furto de SUVs em São Paulo durante janeiro e fevereiro de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior.
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SUVs na mira dos criminosos em São Paulo
Os SUVs são alvos cada vez mais frequentes dos criminosos em São Paulo, já que possuem mais tecnologia embarcada e despertam uma certa impressão de status para os bandidos. Boutti explica que esses carros são roubados quando surge uma oportunidade, o que explica o grande número de casos registrados.
Cerca de 50,7% das ocorrências registradas no estado paulista envolvendo SUVs correspondem a roubos, enquanto 49,3% correspondem a furtos. Boutti aponta que isso se deve ao fato de que o roubo pode ser motivado para a prática de outros delitos, como fugas ou subtração de bens que estejam com a vítima.
Em geral, o aumento nos casos de roubo e furto de veículos em São Paulo está relacionado à falta de insumos eletrônicos no mercado automotivo e ao envelhecimento da frota por conta dos altos preços dos veículos zero-quilômetro. Além disso, a crescente perda do poder aquisitivo da população brasileira também é um fator decisivo nesse cenário.
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