O que acontece se atrasar (ou deixar de pagar) parcela de financiamento de carro?
O cenário de financiamento de carros no Brasil tem sido complicado, principalmente para aqueles que buscam modelos novos ou usados. Segundo o presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), Paulo Noman, sete em cada dez financiamentos são recusados pelos bancos. A constante elevação dos preços dos carros zero quilômetro no país e a taxa Selic, que está posicionada em 13,75%, dificultam a aprovação de novos financiamentos.
Devido a esse momento delicado, é necessário que tanto o consumidor quanto os bancos tomem precauções. Uma das formas de se proteger da inadimplência e evitar problemas futuros é contratar um Seguro de Proteção Financeira (SPF), que pode ser acionado em caso de interrupção da renda, desemprego involuntário, incapacidade física total ou temporária, invalidez por acidente ou morte.
Renegociar as dívidas diretamente com o banco é outra forma de evitar problemas futuros. É possível garantir um período de carência ou até mesmo negociar as dívidas. O natural é que o banco procure o cliente para buscar uma negociação amigável. O presidente da Anef faz um alerta para não confiar em terceiros ou empresas que negociam a dívida por você. É importante ligar no 0800 do banco e falar diretamente com a instituição para resolver a pendência do financiamento.
Paulo Noman destaca que os financiamentos mais acessíveis dependem de uma cadeia de acontecimentos, como a saúde financeira do país e novos planos do governo para garantir veículos mais em conta. O presidente alerta que o brasileiro não quer um carro menos seguro e tecnológico, mesmo que seja mais barato.
Em relação à taxa de juros, que reflete diretamente no financiamento dos carros, Noman enxerga uma luz ao fim do túnel. Ele afirma que há espaço para uma redução futura da taxa Selic, mas ela ainda não começou.
Para evitar problemas futuros, é importante tomar cuidado ao contratar um financiamento de carro, principalmente no cenário atual. Renegociar as dívidas diretamente com o banco e contratar um Seguro de Proteção Financeira (SPF) são medidas que podem ajudar. Além disso, é preciso estar atento às mudanças na taxa Selic e na economia do país para garantir um financiamento mais acessível. Afinal, o financiamento de veículos ainda é uma realidade para muitos brasileiros.
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