5 cuidados que podem prejudicar seu carro!
Algumas pessoas não poupam esforços nem dinheiro para manter o próprio carro em boas condições. Se elas seguirem corretamente o plano de manutenção, é provável que o veículo dure mais tempo e problemas caros possam ser evitados no futuro.
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5 cuidados que podem prejudicar seu carro!
No entanto, alguns proprietários exageram nos cuidados ou os realizam de forma inadequada, o que pode resultar em desperdício de tempo e dinheiro e danos ao veículo. Conheça 5 cuidados que não fazem bem para o carro!
Polimento da pintura tem limite
Não há problema em lavar o carro nos fins de semana e aplicar cera na pintura, desde que se faça isso na sombra para evitar manchas. É importante usar produtos específicos e materiais como esponja e pano de microfibra.

Algumas pessoas fazem polimento para dar brilho à pintura, especialmente em carros mais antigos e desgastados. O resultado pode ser impressionante, tanto que algumas pessoas fazem o polimento em casa com uma máquina específica.
Mesmo que você possua habilidades técnicas, é importante lembrar que polir a pintura do carro não deve ser feito com frequência. O polimento é uma ação corretiva que tem como objetivo uniformizar a pintura, recuperar seu brilho e remover pequenas imperfeições.
No entanto, como o processo remove uma parte da camada de verniz, há um limite para a quantidade de vezes que pode ser realizado. Alguns carros não suportam mais de três polimentos.
Colocar aditivo no óleo ou no combustível
O engenheiro e consultor automotivo Francisco Satkunas alerta que o serviço oferecido em postos de combustível com a promessa de “limpar” o motor e melhorar o consumo e desempenho pode ser desnecessário e, em alguns casos, prejudicial.

“Tanto o combustível quanto o óleo lubrificante já são certificados e vendidos com a formulação necessária para proporcionar o funcionamento ideal do motor“, afirma. No final das contas, sempre é melhor não colocar aditivo, confirma Saktunas.
De acordo com o engenheiro, caso o cliente queira evitar a acumulação de sujeira e resíduos nos componentes internos, os postos de gasolina já oferecem versões aditivadas de gasolina e etanol.
Limpeza ‘preventiva’ dos bicos injetores
“Hoje não está prevista a limpeza de bicos injetores no plano de manutenção, ao menos nos manuais que eu já consultei. Desconheço montadoras que recomendam a prática ao atingir determinada quilometragem”
Afirma Erwin Franieck, da SAE Brasil
Franieck afirma que nunca pediu esse serviço e que nenhum de seus veículos precisou dele até hoje. Essa prática remonta aos tempos do carburador, quando era necessário remover o depósito de resíduos que se formava.
Com a evolução da tecnologia, como a injeção eletrônica e a melhoria da qualidade do combustível, a limpeza regular já não é mais obrigatória. De acordo com o especialista, somente deve-se intervir no motor quando houver falhas comprovadamente causadas pelo entupimento do bico injetor.
“Tem de avaliar caso a caso. O sensor de oxigênio, a popular sonda lambda, pode identificar redução na vazão em um ou mais bicos injetores. Porém, o problema pode estar relacionado a outros componentes, como filtro obstruído e falha na bomba de combustível”
Encher tanque até a boca para evitar pane seca
De acordo com o manual do proprietário, é desfavorável para o veículo rodar com o tanque sempre próximo do esgotamento, pois isso pode resultar em uma situação de pane seca, que pode danificar os componentes mecânicos do carro e levar a uma multa de trânsito.
Além disso, o consumo de combustível também tende a aumentar nessas condições. Alguns motoristas optam por encher o tanque do carro até quase transbordar, como uma forma de evitar os constantes aumentos no preço dos combustíveis.
No entanto, essa prática não é recomendada e pode prejudicar o veículo. Segundo um engenheiro, os vapores do tanque são altamente tóxicos e poluentes, por isso é importante manter o cânister em bom estado.
É recomendado parar o abastecimento assim que o gatilho for desarmado, garantindo assim um nível adequado e seguro de combustível no tanque do carro.
Descarbonização do motor
O “flush”, serviço que visa limpar quimicamente a parte interna de motores, promete melhorar o desempenho e economia de combustível. Essa técnica utiliza produtos que são adicionados no tanque ou no cárter para remover a carbonização que naturalmente se forma pela queima de combustível e lubrificante.
No entanto, o mecânico Everton Lopes alerta que essa prática pode trazer mais danos do que benefícios, especialmente em veículos antigos e que não são abastecidos com combustível aditivado.
“Não recomendo, sobretudo se o motor apresentar alta quilometragem e maior consumo de óleo, por conta do desgaste natural dos componentes internos, com formação de borra”
De acordo com o especialista, a melhor solução para o problema é desmontar o motor e realizar uma limpeza mecânica minuciosa utilizando escova e produto específico.
É importante retirar todos os resíduos antes de montá-lo novamente e colocá-lo em funcionamento. O especialista também alerta que a limpeza química pode ser prejudicial, principalmente se não for seguida pela troca do óleo lubrificante.
“Quando você realiza um procedimento como esse, a carbonização e outros resíduos que se desprendem das válvulas de admissão e escape e dos pistões costumam contaminar o óleo. Especialmente o carvão traz partículas sólidas que, se ingressarem no circuito de lubrificação, causam riscos, trazendo a possibilidade até de o propulsor engripar e parar de funcionar”.
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