VW quer taxação imediata de 35% para veículos eletrificados importados!
Em um movimento estratégico visando a proteção da indústria automotiva nacional, a Volkswagen do Brasil se posicionou favoravelmente à reimplantação da taxa de importação de 35% sobre veículos elétricos e híbridos. A declaração foi feita pelo CEO da empresa no Brasil, Ciro Possobom, durante a apresentação dos números mensais da Anfavea, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.
Possobom expressou preocupações com o impacto negativo que a crescente importação de veículos eletrificados pode causar à indústria local. Segundo dados revelados pela Anfavea, o período de janeiro a maio deste ano testemunhou a entrada de 45,7 mil unidades eletrificadas no mercado brasileiro, acarretando uma perda fiscal estimada em R$ 2,5 bilhões para o país.
A proposta de retomada do imposto sobre importações alinha-se com uma tendência global de valorização da produção interna e tem como objetivo salvaguardar os empregos no setor automobilístico nacional e estimular o avanço tecnológico. Além disso, Possobom salientou a necessidade de fortalecer a indústria automotiva brasileira para transformá-la em um hub exportador, concentrando esforços na América do Sul.

Para atingir tal ambição, o CEO enfatizou a urgência em adotar medidas que elevem a competitividade do setor. Entre as sugestões estão a renegociação de acordos comerciais e fomento à inovação. Uma indústria voltada para a produção local de veículos elétricos e híbridos traria múltiplos benefícios ao Brasil, incluindo melhoria na qualidade e segurança dos veículos, facilitação na rastreabilidade e etiquetagem, aumento na utilização de materiais sustentáveis e diminuição significativa na emissão de gases poluentes.
Esta iniciativa da Volkswagen caminha junto aos esforços da Anfavea para antecipar a aplicação total do imposto prevista anteriormente para julho de 2026. A medida surge em um panorama onde as demandas por veículos mais sustentáveis crescem, mas coloca em cheque o paradoxo da indústria que apoia tal taxação sem ainda oferecer opções locais equivalentes em termos tecnológicos e ambientais.

A discussão proposta lança luz sobre os desafios que se impõem ao setor automobilístico nacional frente às necessidades globais por mobilidade sustentável e inovadora. Enquanto algumas vozes clamam por protecionismo como meio de preservação industrial, outras questionam a viabilidade de um progresso verdadeiramente sustentável sob tais premissas.
Convidamos nossos leitores a compartilhar suas perspectivas sobre este importante debate: Como equilibrar as necessidades de proteção industrial com o imperativo global por inovação e sustentabilidade? Sua opinião é essencial para desenhar o futuro da mobilidade no Brasil.