SUV por menos de R$ 100 mil? O que ninguém te contou sobre o Citroën Basalt 1.0!
Se você está no mercado à procura de um SUV acessível, provavelmente já esbarrou com os valores cada vez mais altos dos utilitários compactos. Mas e se eu te dissesse que existe um SUV-cupê com visual moderno, espaço de sobra e preço abaixo dos R$ 100 mil? Parece bom demais pra ser verdade, né? Pois conheça o Citroën Basalt 1.0 Feel MT, a nova aposta da marca francesa para fisgar quem busca custo-benefício sem abrir mão do estilo.
O Basalt chegou com o pé na porta. Ele é o primeiro SUV-cupê da Citroën vendido por aqui, e já começou chamando atenção com sua versão de entrada, Feel 1.0 manual, tabelada em R$ 92.990 — um valor que praticamente não se vê mais entre os SUVs. Mas como todo carro com proposta acessível, há pontos fortes e fracos. Neste texto, vamos destrinchar cada detalhe dessa novidade e responder a grande pergunta: vale a pena comprar o Basalt 1.0 Feel MT?

Guia do Conteúdo
O que o Citroën Basalt tem de diferente?
Para quem já conhece a família C-Cubed (composta por modelos como o C3 e o C3 Aircross), o Basalt não é um estranho no ninho. Ele compartilha a base com esses modelos, inclusive o conjunto mecânico — o já conhecido motor 1.0 Firefly aspirado, de origem Fiat, combinado a um câmbio manual de cinco marchas.
Mas há algo que salta aos olhos no Basalt: o design. Apesar da proposta de entrada, o SUV-cupê tem uma silhueta elegante, com traseira caída que remete a modelos de categorias superiores. E mais surpreendente ainda, é que a versão mais barata não tem cara de carro pelado. Pelo contrário: já sai de fábrica com rodas de liga-leve de 16” pintadas em cinza, sistema multimídia com tela de 10”, câmera de ré, retrovisores elétricos e um painel digital de 7” — algo que nem o C3 entrega.
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Espaço de sobra para quem valoriza conforto
Uma das grandes surpresas do Basalt Feel é o espaço interno. Com 4.343 mm de comprimento e 2.645 mm de entre-eixos, o SUV oferece um ambiente generoso para quem vai atrás. Na prática, isso significa mais espaço para pernas e ombros do que muitos sedãs compactos. Outro destaque é o porta-malas de 490 litros, que deixa até mesmo SUVs maiores no chinelo.
Se você está acostumado com porta-malas pequenos nos SUVs de entrada, vai se impressionar com a capacidade do Basalt — ideal para famílias, viagens ou até para uso profissional (como motorista de app, por exemplo).
Tecnologia e equipamentos: simples, mas bem pensado
Apesar de ser a versão mais barata, o Basalt Feel MT não parece um carro de entrada quando olhamos para a lista de equipamentos. Além dos itens já citados, ele conta com:
- Espelhamento sem fio para Android Auto e Apple CarPlay
- Quatro airbags (frontais e laterais)
- Controle de tração e estabilidade (ESP)
- Assistente de partida em rampa
- Vidros elétricos nas quatro portas (com função um-toque)
- Direção elétrica
- Ar-condicionado
- Computador de bordo
O ponto negativo vai para os vidros traseiros, que ainda utilizam o mesmo sistema com comando no console central, algo já criticado no C3. É um detalhe, mas que pode incomodar no uso diário.

Motor 1.0 aspirado: dá conta do recado?
Aqui vem a grande questão. O Basalt Feel MT é movido pelo motor 1.0 Firefly aspirado de três cilindros, o mesmo utilizado em modelos como o Fiat Argo e o próprio Citroën C3. São:
- 75 cv com etanol / 71 cv com gasolina
- 10,5 kgfm com etanol / 10 kgfm com gasolina
Com 1.120 kg, a relação peso/potência é de aproximadamente 14,93 kg/cv. Isso significa que o desempenho é… modesto. Em nossos testes, o Basalt levou cerca de 17 segundos para sair do 0 aos 100 km/h. Não é exatamente emocionante, mas pode surpreender no dia a dia urbano, onde o motor entrega boa resposta em baixos giros.
O câmbio manual tem engates longos e a alavanca é posicionada um pouco alta, o que pode gerar estranhamento para quem não está habituado. Mas o destaque positivo fica para o consumo:
- 10,3 km/L na cidade
- 17,2 km/L na estrada (com gasolina)
Com esse rendimento, o Basalt pode ser um ótimo parceiro para quem roda bastante e quer economizar no posto.
Acabamento: o famoso “tudo plástico, mas bem montado”
O interior do Basalt é simples, sem grandes refinamentos. Plásticos duros dominam o painel e as portas, mas nada que surpreenda nessa faixa de preço. O ponto positivo é que tudo está bem montado, sem rebarbas ou encaixes frouxos. Há detalhes em preto brilhante que ajudam a quebrar a monotonia e o painel digital dá um toque de modernidade.
O isolamento acústico também é aceitável, embora o motor em altos giros possa ser ouvido com clareza dentro da cabine.
E a dirigibilidade?
A suspensão do Basalt é voltada para o conforto. Ele passa com tranquilidade por valetas e buracos, enfrentando os pisos irregulares das cidades brasileiras sem drama. A direção elétrica é leve em manobras, mas poderia ser mais firme em velocidades altas.
Para quem busca um carro para viagens longas e conforto no dia a dia, o Basalt entrega uma experiência tranquila. Só não espere emoção ao volante — o foco aqui é a racionalidade.
Concorrentes e comparações
O rival direto do Citroën Basalt 1.0 Feel MT é o Renault Kardian Evolution MT, que custa cerca de R$ 112.690. O Kardian leva vantagem no desempenho, pois conta com motor 1.0 turbo e acabamento mais refinado. No entanto, o Basalt se destaca por ser R$ 20 mil mais barato e oferecer um porta-malas significativamente maior.
Outro concorrente indireto é o Fiat Fastback, que parte de R$ 119.990. O Basalt, mesmo não sendo tão refinado, entrega um visual parecido e espaço similar por quase R$ 30 mil a menos.

Vale a pena comprar?
Se você está em busca de um SUV moderno, espaçoso e com valor acessível, o Citroën Basalt 1.0 Feel MT é uma opção muito interessante. Ele não é um carro para quem gosta de desempenho, mas agrada quem pensa com a razão — e com o bolso.
É a escolha ideal para quem precisa de espaço para a família, ou mesmo para quem quer um carro confiável e barato de manter para uso profissional. Não tem luxos, mas entrega o essencial com um pacote bem montado.