O Segredo da GWM: Por Que o Novo Haval H6 Brasileiro Vai Esperar Até 2026 Para Surpreender Você
Em um cenário onde cada novidade automotiva pode ser decisiva para o futuro de uma marca, a GWM (Great Wall Motors) resolveu adotar uma estratégia cautelosa, porém ousada, com o Haval H6 produzido no Brasil. A partir de julho deste ano, a montadora chinesa vai iniciar a fabricação do SUV em solo nacional, na planta de Iracemápolis (SP), mas ao contrário do que muitos esperavam, ele não chegará com o visual renovado já disponível na China. A grande transformação do modelo — tanto em estética quanto em motorização — está marcada apenas para 2026.
Sim, você leu certo. O SUV que tem ganhado espaço entre os brasileiros virá primeiro com o mesmo visual do modelo chinês de 2023 e só dois anos depois será atualizado com o novo design e um motor híbrido flex inédito, pensado especialmente para o mercado brasileiro. Mas por que essa escolha? E o que isso realmente significa para o consumidor?

Vamos explorar em detalhes essa decisão e entender por que o H6 promete causar um impacto ainda maior quando finalmente assumir sua nova forma e motorização.
Guia do Conteúdo
Produção Nacional: O Primeiro Passo da GWM no Brasil
A GWM deu início a sua jornada de fabricação nacional ao assumir a planta deixada pela Mercedes-Benz, em Iracemápolis (SP). Lá, o Haval H6 será produzido a partir de julho de 2025, com expectativa de nacionalizar inicialmente 35% dos seus componentes. A montadora, no entanto, já declarou que até 2026 pretende alcançar um índice de nacionalização de até 60%, negociando com cerca de 100 fornecedores locais.
Esse é um marco importante para a marca no país. A produção local diminui custos logísticos e fortalece a presença da GWM no mercado nacional, criando mais competitividade frente a outras marcas já consolidadas.
Por Que Não Atualizar o Visual Agora?
Essa foi a grande dúvida que pairou no ar quando as primeiras unidades do Haval H6 com visual reestilizado foram flagradas em testes no Brasil e até mesmo registradas no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). Muitos apostavam que o modelo nacional já chegaria com as novidades visuais que encantaram o público chinês. Mas a GWM decidiu seguir uma filosofia diferente.
Segundo fontes ligadas à montadora, a GWM pretende respeitar uma espécie de “compromisso” com o consumidor brasileiro: o de não desvalorizar rapidamente seus veículos com mudanças estéticas em curtos períodos de tempo. Isso seria visto como injusto pelos primeiros compradores e impactaria a percepção de valor de rev
ado no Brasil em julho manterá o mesmo visual oferecido desde 2023, alinhado ao compromisso da GWM de preservar o ciclo de vida do produto por ao menos três anos antes de qualquer facelift significativo. E isso tem um motivo estratégico importante: quando o novo design chegar, virá acompanhado de algo ainda mais relevante para o mercado nacional — a motorização híbrida flex.
A Grande Transformação em 2026: Visual + Flex = Nova Era
A GWM decidiu concentrar suas maiores novidades para 2026. Nesse ano, o Haval H6 fabricado no Brasil ganhará não apenas o design atualizado, mais agressivo e moderno, como também a inédita motorização híbrida com capacidade de funcionar tanto com gasolina quanto com etanol.
Essa adaptação é crucial para o mercado brasileiro, onde o etanol tem forte presença e onde a demanda por veículos flex ainda é um diferencial competitivo. Assim, o H6 de 2026 promete chegar com um pacote completo: novo visual, motor flex e melhorias tecnológicas por dentro e por fora. A expectativa é que esse modelo represente um salto de maturidade da GWM no Brasil, tanto em engenharia quanto em posicionamento de marca.
As Versões do Haval H6: Da China ao Brasil
Enquanto o modelo com motor híbrido flex não chega, o Haval H6 será inicialmente fabricado nas seguintes versões:
- HEV2: híbrido tradicional, com motor 1.5 a gasolina, bateria de 1,6 kWh, potência combinada de 243 cv e 54 kgfm de torque. O câmbio é automatizado de duas marchas.
- PHEV19: híbrido plug-in com bateria de 19 kWh, potência total de 326 cv e 54 kgfm. Tem um motor elétrico dianteiro aliado ao mesmo 1.5 turbo a gasolina.
- PHEV34 e GT: topo de linha, com dois motores elétricos (um em cada eixo), bateria de 34 kWh, entrega combinada de 393 cv e torque brutal de 77,7 kgfm. Ideal para quem quer desempenho com sustentabilidade.

Todos esses modelos, embora sofisticados, ainda utilizam exclusivamente gasolina no motor a combustão. A versão flex, que poderá aceitar etanol e promete melhorar desempenho e eficiência, só será introduzida com o facelift de 2026.
O Que Muda no Design em 2026?
O novo Haval H6, já revelado na China, trará uma mudança radical no visual:
- Frente redesenhada com grade enorme, que ocupa praticamente toda a largura do veículo;
- Faróis mais afilados, com 54 lâmpadas de LED;
- Para-choque com novo recorte, mais agressivo;
- Traseira redesenhada, com lanternas não mais interligadas;
- Refletores em nova posição, e tampa do porta-malas com novo contorno.
Por dentro, o modelo também vai mudar bastante. Sai o excesso de botões físicos, e entra um painel mais limpo e tecnológico, com uma nova central multimídia de 14,6 polegadas e quadro de instrumentos de 10,2”. O sistema operacional embarcado será novo, com chip da Qualcomm e comandos de voz mais responsivos.
Essas mudanças elevam o patamar de sofisticação do SUV, aproximando-o de modelos premium, mas com um preço que pode se manter competitivo frente aos principais rivais híbridos do mercado.
Impacto da Motorização Flex: O que Esperar?
O motor 1.5 turbo atual entrega 150 cv e 23,4 kgfm sozinho. Com o novo ajuste para operar com etanol, a expectativa é de aumento desses números, já que o etanol tem maior poder calorífico. Isso significa que o SUV poderá ficar mais potente e até mais eficiente, dependendo da calibração e da tecnologia embarcada.
Além disso, a combinação do sistema híbrido com combustível derivado da cana-de-açúcar cria um dos conjuntos mais sustentáveis já oferecidos no Brasil, com baixa emissão de carbono e excelente autonomia. Essa será a grande aposta da GWM para se destacar no segmento de SUVs eletrificados.
Mercado em Ebulição: GWM Está Apostando Certo?
Com a eletrificação avançando e a busca por alternativas sustentáveis crescendo, a decisão de nacionalizar o Haval H6 é uma jogada estratégica. Mesmo com o atraso no facelift, a marca ganha tempo para ajustar a cadeia de fornecedores, reduzir custos e entregar um carro competitivo em 2026.
Além disso, enquanto isso, os modelos híbridos atuais continuam oferecendo tecnologia de ponta e bom custo-benefício para quem quer migrar do motor a combustão para a eletrificação. A escolha por adiar o novo visual também evita uma rápida desvalorização do modelo atual — algo que pesa na hora da revenda e pode influenciar negativamente a fidelização dos clientes.
O Que Isso Significa Para Você, Consumidor?
Se você está de olho em um SUV híbrido tecnológico e quer comprar ainda em 2025, o Haval H6 atual já entrega desempenho, conforto e eficiência. Mas se puder esperar mais um pouco, o modelo de 2026 promete unir tudo isso a um novo design e a um motor mais adequado ao perfil do motorista brasileiro.
Por outro lado, quem adquirir a versão atual pode se beneficiar de preços mais atrativos enquanto a nova geração não chega. Além disso, os donos atuais não precisarão se preocupar com uma rápida desvalorização, já que o design atual será mantido até a virada de ciclo.

Conclusão: Um SUV Que Vai Evoluir na Hora Certa
A GWM está jogando com inteligência. Ao decidir manter o visual do H6 por mais um ciclo antes de reformulá-lo, a marca demonstra respeito pelo consumidor e pela lógica de valorização do produto. A grande mudança, com motorização flex e novo design, será introduzida quando puder fazer sentido como um pacote completo de inovações.
Se você pensava que já conhecia tudo sobre o Haval H6, prepare-se. O que está vindo por aí em 2026 pode tornar esse SUV um divisor de águas no mercado brasileiro.