Preço da gasolina cai: entenda onde o etanol ainda vale a pena
A recente diminuição no valor do petróleo no mercado internacional provocou uma reação nas bombas brasileiras: a gasolina e o diesel passaram por reduções em 19 estados. Já o etanol, ao contrário, subiu na média nacional, o que gerou um panorama misto em termos de benefício para o consumidor.
Segundo o levantamento da ValeCard, entre os dias 1º e 26 de setembro de 2025, o litro da gasolina teve queda discreta de 0,02 %, chegando a uma média de R$ 6,374. O diesel S-10 caiu 0,14 %, passando para R$ 6,298 por litro. Por outro lado, o etanol acumulou alta de 0,75 % no período, até atingir a média de R$ 4,442.
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Etanol compensa?
Apesar de o etanol ter ficado mais barato em 16 estados, ele só é economicamente vantajoso frente à gasolina em nove Unidades da Federação.
Esses estados são: Acre, Amapá, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia, Roraima e São Paulo. Nos demais 18 estados, a gasolina continua sendo a opção mais racional, considerando preços e rendimento do combustível.
O fato de o álcool subir enquanto a gasolina cai já indica que o cenário de vantagem para o etanol está cada vez mais restrito, mesmo em locais onde ele já costuma ser competitivo.

Diferenças regionais
A queda mais expressiva do preço da gasolina ocorreu no Amapá, com recuo de 1,66 %, o litro no estado chegou a R$ 7,046. Também tiveram quedas marcantes o Distrito Federal (−1,51 %) e Alagoas (−1,40 %).
Mesmo assim, São Paulo segue com o menor preço médio no país: R$ 6,172 por litro. Em contrapartida, Roraima lidera como o estado com preço mais caro da gasolina, atingindo R$ 7,583.
Já o etanol demonstrou comportamento menos uniforme: caiu em 16 estados, mas subiu em 10, especialmente no Sudeste, onde subiu em todos os estados. Em São Paulo, a alta chegou a 1,85 %.
Notavelmente, o Amapá registrou a maior queda do país no preço do álcool: −12,02 %.
Fatores do cenário
De acordo com Marcelo Braga, diretor da ValeCard, o alívio nos preços tem origem em dois fatores principais: a baixa no preço internacional do petróleo e ajustes regionais nos custos de produção e tributação.
No entanto, ele ressalta que tais reduções não são homogêneas: “o repasse acontece em ritmos diferentes entre os estados”. Ou seja, as variações dependem fortemente de encargos locais e logísticas regionais.
Outro aspecto crítico é o rendimento. Mesmo quando o etanol aparece mais barato, ele entrega menor autonomia por litro. Por isso, só vale a pena quando seu preço compensa essa perda de rendimento, o que nem sempre se confirma fora dos estados vantajosos.
Situação instável
Embora setembro tenha trazido motivos para certo alívio no bolso dos brasileiros, o mercado de combustíveis continua sujeito a fortes volatilidades. Oscilações no mercado internacional de petróleo, mudanças cambiais e ajustes tributários regionais mantêm o cenário instável.
Para quem abastece com frequência, o ideal é acompanhar de perto os preços locais (postos) e calcular se o etanol ainda compensa, considerando o seu carro, o consumo e a região onde você circula.
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