Hyundai Tucson sai de cena e surpreende com preço menor que o Creta!
O mercado automotivo brasileiro está presenciando o encerramento de um ciclo que durou quase duas décadas. O Hyundai Tucson, um dos utilitários esportivos mais conhecidos e vendidos no país, está se despedindo de vez das concessionárias nacionais.
O motivo por trás dessa mudança tem raízes tanto comerciais quanto regulatórias. O fim da produção local do Tucson é consequência direta do término da parceria entre o Grupo CAOA e a Hyundai Motor Brasil. Esse rompimento marca o fim de uma fase importante para a Hyundai no Brasil, especialmente porque foi graças à CAOA que o Tucson se manteve vivo por tanto tempo em território nacional.

Guia do Conteúdo
Um veterano que resistiu ao tempo
O Hyundai Tucson foi lançado globalmente em meados dos anos 2000 e logo se tornou um sucesso no Brasil. Suas linhas modernas, bom espaço interno e preço competitivo fizeram dele um dos SUVs mais vendidos durante vários anos consecutivos. A longevidade do modelo no mercado brasileiro se deve, em grande parte, à parceria entre a montadora sul-coreana e o Grupo CAOA, que viabilizou a produção nacional do modelo em Anápolis (GO).
Mesmo com o passar dos anos e o surgimento de novos concorrentes mais modernos e tecnológicos, o Tucson manteve um público fiel. Para muitos consumidores, o carro representava uma combinação sólida de confiabilidade mecânica, conforto e robustez.
Preço mais baixo que o esperado
Hoje, com o fim da produção, o Hyundai Tucson está sendo vendido com descontos que chamam atenção. A versão final do modelo, chamada Tucson Limited 2025, tem preço de tabela de R$ 199.490. No entanto, com as ofertas vigentes — especialmente para quem entrega um seminovo na troca — o valor pode cair para R$ 184.490.
Esse preço o coloca abaixo de versões mais equipadas do Creta, como a N Line, que custa mais de R$ 190 mil. Ou seja, o Tucson, que é maior e mais espaçoso, atualmente sai mais barato que seu “irmão caçula”.
Essa estratégia visa claramente desovar os estoques restantes do modelo antes que ele desapareça de vez das concessionárias. É, sem dúvida, uma oportunidade interessante para quem busca um SUV confiável, com bom porte e preço competitivo.
Motorização sólida, mas sem atualizações recentes
Debaixo do capô, o Hyundai Tucson traz um motor 1.6 turbo GDI (injeção direta), movido apenas a gasolina. Ele entrega 177 cavalos de potência e 27 kgfm de torque. O conjunto é combinado com uma transmissão automatizada de dupla embreagem e sete marchas, que oferece trocas rápidas e suaves.
Apesar de não ser um modelo recente em termos de atualização tecnológica, o desempenho do Tucson ainda agrada. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em cerca de 9,1 segundos e sua velocidade máxima ultrapassa os 200 km/h. São números que, embora não impressionem os fãs de performance, atendem perfeitamente às exigências de uso urbano e rodoviário da maioria dos consumidores.

Consumo eficiente para o porte
Um dos pontos positivos do Tucson, mesmo perto do fim de sua vida comercial, é o consumo. Segundo o Inmetro, ele atinge médias de 10,6 km/l na cidade e 12,2 km/l na estrada — números que o colocam em boa posição frente a alguns rivais com motorização semelhante e até mais nova.
Esse consumo equilibrado se deve à eficiência do motor 1.6 turbo e ao bom acerto do câmbio automatizado, que evita rotações altas e desperdício de combustível, especialmente em trechos urbanos com trânsito intenso.
Espaço interno é um dos trunfos
Se por fora o Tucson pode parecer antiquado para os padrões de 2025, por dentro ele compensa com espaço generoso. São mais de 2,67 metros de entre-eixos e um porta-malas de 513 litros, características que fazem dele uma excelente escolha para famílias ou quem precisa de um veículo espaçoso para viagens.
O acabamento é simples, mas funcional. Há materiais de boa qualidade, ar-condicionado automático, central multimídia com conectividade básica e bancos confortáveis. A versão Limited inclui ainda bancos em couro, câmera de ré, sensores de estacionamento e outros itens que tornam a experiência de condução mais agradável.
Por que o Tucson está saindo de linha?
A principal razão para o fim da produção do Hyundai Tucson no Brasil é o encerramento da parceria entre a Hyundai e o Grupo CAOA, que até então era responsável pela fabricação e distribuição de modelos da marca no país. Essa separação marca uma reestruturação profunda nas operações da marca sul-coreana no Brasil.
Outro fator decisivo foi a entrada em vigor das novas normas de emissões do Proconve L8, que exigem padrões mais rígidos para os motores a combustão. O atual motor do Tucson não atende às exigências sem alterações significativas no projeto — mudanças que não valeriam o investimento, considerando a idade do modelo e seu iminente encerramento.
Portanto, com a parceria encerrada e sem viabilidade técnica para continuar a produção, a Hyundai optou por encerrar a vida comercial do Tucson por aqui.
Vale a pena comprar o Tucson agora?
A resposta depende do perfil do consumidor. Se você está em busca de um SUV confiável, com bom espaço interno, motorização competente e que seja mais acessível do que os rivais diretos, o Tucson representa uma oportunidade real.
Claro, ele não oferece os mesmos sistemas de assistência à condução que modelos mais novos e seu projeto já apresenta sinais da idade. No entanto, para quem valoriza robustez mecânica, conforto e preço competitivo, pode ser um excelente negócio — especialmente considerando o bom pacote de equipamentos da versão Limited.
Outro ponto positivo é que, por se tratar de um modelo já bem conhecido no mercado nacional, a rede de assistência técnica e a reposição de peças devem continuar acessíveis por muitos anos.
Comparativo: Tucson ou Creta?
Embora o Creta seja mais moderno, com design atualizado e versões híbridas no horizonte, o Tucson supera o irmão menor em alguns aspectos. O espaço interno, o desempenho e o porte são superiores, além de oferecer um valor mais competitivo neste momento de queima de estoque.

O Creta leva vantagem em conectividade e tecnologia embarcada, com sistemas como frenagem automática, assistente de permanência em faixa e multimídia mais avançada. Mas todas essas inovações têm um preço: o modelo N Line, por exemplo, custa mais do que o Tucson em sua configuração atual.
Para quem prioriza espaço, conforto e desempenho no dia a dia — e não liga tanto para tecnologias de assistência — o Tucson pode representar um custo-benefício excelente.
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